sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

-Meu Paraíso.


Alô. Câmbio. Câmbio.

Benvindos viajantes perdidos do majestoso mundo virtual.
Aqui vos fala aquela que não se importa mais com nada, pois nada lhe resta...

O vazio no peito sufoca minha respiração
As lágrimas escorrem pelos meus lábios
Minha pela transpira dor e falta
Falta uma parte de mim em todos os lugares

Destino traiçoeiro que gosta de brincar
Jogar para longe as poucas chances de felicidade
Deixar aqui somente a solidão e o nada
Onde cada movimento fere cada vez mais

Minha vida não tem mais sentido
Nada mais parece certo
A única vontade existente é a de fugir
De deixar tudo para tras e libertar-me

Tua voz ainda ressoa em meus ouvidos
Teu calor ainda cobre meus braços
Teu beijo ainda pulsa em minha boca
Tua falta escorre por entre meus olhos

Posso nunca mais respirar
Nenhum batimento existir
Nenhum sangue pulsar
E ainda assim serei sua

Pois uma alma só repousa em paz
Quando cumpre seu destino
Quando encontra seu paraíso
E meu paraíso é você

Câmbio Desligo.


sábado, 24 de dezembro de 2011

-Nada mais importa.


Alô; Câmbio. Câmbio.

Seja quem for, não importa mais...

Estou esgotada
Tudo caminha para a masmorra
Tudo se acaba
Tudo definha

Eu vejo a chama queimando
As falsas promessas, os medos
As boas e as más intenções
Eu vejo o fogo queimando minha alma

Falta o ar, sobra o medo
Falta vontade e sobra tempo
A vontade de viver se esvai
A  felicidade se esgota

Nada mais importa
Quem for, quem seja ou quem vai ser
Porque nada será
Nada resistirá 

Vejo o fogo queimando minha mente
Vejo a paz escorrer pelas mãos
As cinzas voam com o vento
A compaixão nunca existiu

A ponta do lápis quebra,
O papel acaba,
As palavras somem
A criatividade deixa de existir

A vontade é de sumir
A realidade é resistir
O futuro é lutar
E o querer já não adianta mais...

Câmbio Desligo.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

-Sobreviver é preciso.


Alô. Câmbio. Câmbio.

Benvindos viajantes assíduos ou não.
Aqui vos fala novamente aquela que não se importa com o que os outros pensam.

É simples assim
A morte, a mudança e a solidão
Tudo parece tão real
A noite, embaixo do cobertor

Seu rosto surge novamente
As aventuras vividas, a saudade
Para me lembrar mais uma vez
Que a mim não resta nada

Nem as lembranças existem mais
Elas machucam como punhais afiados
E as joguei pela estrada da vida
Como não mais serviam para nada

Mas seus olhos me perseguem no sonho
Seu sorriso e sua alma fazendo parte de mim
Mas é a mentira da solidão
O oásis do deserto da vida

Sou sempre eu quem fica para trás
Sempre meus sonhos que são inalcançáveis
Sempre minha vida que termina
Sempre eu quem cai na calçada...

E assim sobrevivo dia a dia
Na morte e na merda
Caçando os insetos interiores
Que me fazem sobreviver.

Câmbio Desligo.